No último dia 27 de abril apresentei a  comunicação intitulada ” Os fornecedores de Internet em Portugal e os desafios em relação à Agenda Digital para a Europa.” no Congresso Internacional “A Europa como espaço de diálogo intercultural e de mediação”. Esta pesquisa constitui uma fase experimental do trabalho de tese e trata sobre a Internet e a expressão dos direitos humanos a partir da análise do contrato das três principais  empresas fornecedores de conexão à Internet em Portugal, NOS, VODAFONE E MEO.

O trabalho parte da consulta a documentos governamentais que tratam sobre a inserção da Europa na sociedade da informação e de uma revisão de literatura concisa sobre os direitos humanos no âmbito das empresas de telecomunicação; em seguida é feita uma leitura atenta ao texto integral da Agenda Digital para a Europa. Na última etapa do trabalho procede-se a uma breve análise das condições e dos termos das ofertas comerciais dos principais operadores de conexão à Internet com atuação no país. O exemplo português serve à reflexão de como as práticas comerciais podem configurar obstáculos à Agenda Digital para a Europa perante os objetivos vinculados com a inclusão digital e com os direitos fundamentais dos europeus. Os resultados fomentam a reflexão de autores como Verdegem e Fuchs (2013) sobre como a própria construção de uma Agenda Digital para a Europa a partir de um modelo centrado primordialmente no progresso económico pode constituir uma brecha para as práticas discriminatórias de mercado e um entrave para alcançar uma sociedade menos desigual e mais inclusiva digitalmente. Conclui-se que a visão governamental para a inserção da Europa na sociedade da informação e a gestão da infraestrutura da Internet por atores privados somam preocupações com as garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos europeus.

Apresentação no congresso

Os slides da apresentação estão disponíveis aqui:

Para consultar mais sobre o Congresso:

http://www.lasics.uminho.pt/congressodim/

CECS organizou congresso internacional com mais de 150 participantes

http://www.media.cecs.uminho.pt/video/218/video-resumo-congresso-dim/

O workshop “Sociedade da vigilância, privacidade e direitos humanos” ocorreu nos dias 11e 16 de abril. Estive presente na sessão do dia 11, apresentada pela professora doutora Helena Machado e a doutoranda Sara Matos.

A sessão abordou a vigilância de base tecnológica, associada a sociedade da informação.

Um ponto interessante colocado pela professora Helena Machado e referido com ênfase em alguns momentos é a da transição dos lucros do sistema capitalista através dos dados para a Economia da Proteção de Dados, através da oferta de serviços tais como cursos e consultorias onde os indiv;iduos e empresas tem que proteeger a sua própria povcidade. Esta reflexão pode ser feita através de tópicos como :

  • a economia da segurança / a indústria da segurança
  • a  apropriação da política do medo ( com ênfase na segurança pública e no discurso da proteção e privacidade).
  • Nesse sentido, qual é o discurso político em vigor?
  • Este é um tema que traz ainda para  a reflexão sobre a Teoria da Burocracia de Max Weber.
  • Militarização da Vigilância pelos discursos midiáticos

Function Creep é a prática de utilizar os dados para efeitos que não foram consentidos anteriormente.

Coloca em questão a privacidde, direitos humanos e desafios éticos. A discriminção e a exclusão social.

 

 

 

O programa completo do workshop encontra-se aqui

 

 

 

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